O entardecer na serra abre a porta de lembranças
O vento calmo do leste se espalha no vale, silêncio no entardecer, suscita pensamentos, abre a porta de lembranças, sentimentos melancólico e nostálgico; nunca consegui diferenciá-los onde começa um e termina outro.
Meu pai, certa noite, ao contemplar um majestoso céu de lua cheia, a espelhar beleza pelo campo comentou:
"Tem noites assim que recordo os melhores momentos da minha vida."
Lembro-me da minha infância no Rio Grande do Sul, afirmava ter sido muito feliz. Ele amava sua família, a casa paterna e sua história. Demonstrou em histórias corriqueiras de forma amorosa ao longo de sua vida.
Seu olhar brilhante de azul intenso naquela noite, tornou-se escuro, seu rosto tristonho transpareceu lembranças perdidas há muito tempo.
Por instantes percebi meu pai tão frágil e me senti emocionada, argumentei que possui boas lembranças e tanto para recordar, pode ficar nostálgico, com tudo, são lembranças de conforto e amor.
Anos se passaram, sei bem o que sentia meu amoroso pai, ao cair da tarde isso acontece comigo também.
Lembranças boas e a dolorosa saudade me pertencem, adoráveis de momentos vividos são confortos da alma.
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